quinta-feira, 29 de abril de 2010

Incentivo-da caxola

Se foi preciso um beliscão pra perceber que o que eu fiz e o que eu faço, um dia, vai valer a pena; o beliscão eu tomei de quem eu admiro profissionalmente. Já fiz muitas coisas que vão contra os ditos meus princípios, fiz coisas que me dão vergonha hoje e até que me orgulham, e que faria novamente.

Escrevi carta e não entreguei, tirei foto escondida e até escrevi um mini-diário de menininha e de fato entreguei. Se me arrependo dessas coisas? Não! Hoje não… mas já me arrependi em algum momento de ter feito essas coisas, sem dúvidas. mas uma hora ou outra é preciso arriscar!

E pelo twitter, pude comprovar que, de fato, vale a pena esse risco. “É preciso ser muito humilde pra ter coragem de se expor…”, disse a Tati Bernardi, escritora, redatora, blogueira e ótima roteirista da qual sou fã mesmo! Tive que completar e falar que sim, valia a pena se expor!

E o beliscão dela foi de confirmação e em caixa alta: “VALE MESMO!”.

*


"É comum pensarmos que, ao ficarmos parados no mesmo lugar, sem agir, sem mudar nada, estamos assegurando um destino tranquilo. Engessados na mesma situação, é como se estivéssemos protegidos de qualquer possível ebulição que nos inquiete. Sssshh. Quietos. Ninguém se mexe pra não acordar o demônio.

Não deixa de ser uma estratégia, mas falta combinar com o resto da população. As pessoas que nos cercam sempre interferirão no nosso destino. Se dermos uma guinada brusca ou permanecermos na rotina, tanto faz: o mundo se encarregará de trocar as peças de lugar nesse imenso tabuleiro chamado dia-a-dia.

(...) Mas adianta fazer planos? Seja qual for o caminho que optarmos seguir, haverá altos e baixos. E isso é tudo. Se fizermos uma auditoria em nossas vidas, em algum momento questionaremos: “e se eu tivesse feito diferente?”. O diferente teria sido melhor e teria sido pior. Então o jeito é curtir nossas escolhas e abandoná-las quando for preciso, mexer e remexer na nossa trajetória, alegrar-se e sofrer, acreditar e descrer, que lá adiante tudo se justificará, tudo dará certo. Algumas vidas até podem ser tristes, outras são desperdiçadas, mas, num sentido mais absoluto, não existe vida errada."

(Martha Medeiros)
"Toca música aqui dentro quase o tempo todo,
e há uma satisfação secreta que precisa se manter secreta
para não passar por boba.
Há crianças e adultos dentro de mim, todos da mesma idade"

(Martha Medeiros)

"Acho que quem está de fora não pode condenar, condenar simplesmente é desprezível — é preciso compreender."

(Caio Fernando Abreu)

...

"É noite aqui. Levanto os olhos pro céu como se quisesse caçar estrelas que me escapam em pleno vôo. Pergunto-me, como é possível sentir alguém tão distante e, no entanto, poder ler cada dobra de seus lábios. O monstro de chocolate continua fazendo sombra na minha escrivaninha. Continua nevando aqui. Mas muito pouco. Eu fujo da neve, para que meu coração não esfrie. Vai ver esta neve é a caspa de Deus coçando a cabeça, enquanto pensa no que vai fazer comigo."

(Pipa)

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Uma Preleção para Liesel

Quando um judeu aparece no seu local de residência nas primeiras horas da madrugada, bem na pátria do nazismo, é provável que você experimente níveis extremos de incômodo.Angústia, incredulidade,paranóia.Cada uma desempenha seu papel, e cada uma leva à suspeita furtiva de que uma conseqüência não propriamente paradisíaca lhe está reservada para o futuro.O medo reluz.Implacável, nos olhos.
O surpreendente a assinalar é que, apesar desse medo iridescente,brilhando como brilhava na escuridão, de algum modo eles resistiram à ânsia de histeria.

Markus Zusak

De que é feita uma amizade?

Uma amizade é feita
De afeto
Mesmo à distancia sobrevive à longa ausência
Alimentada por mensagens
Reflexões dos bons momentos divididos
Compostas de mensagens comemorativas, aniversários, Natal
Mas ter amizade de verdade
É acreditar no outro
Mesmo a distância compartilhar problemas,doenças
E seja qual for o momento de conquista
Alegrias ou tristezas
Compartilhamos
...
Marta Kurosaki

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Harmonia exterior


A harmonia que podemos alcançar com nosso mundo exterior depende da harmonia interior, medida pelo estado de preenchimento, contentamento e união da mente, intelecto e memórias. A ausência de pensamentos inúteis indica integridade do eu, economia de energia e alinhamento da mente com a verdade. Da mesma forma, quanto mais conseguirmos combinar nossa mente com a dos outros - ver o ponto de vista deles, respeitar suas crenças e entender suas naturezas - mais harmonia estaremos semeando nas relações humanas. A harmonia exterior da vida espiritual é o espaço onde todos nós podemos existir com felicidade, sem queixas ou controle.

Humildade

Não pense que se você for humilde outros pisarão em você. É quando não há humildade que você facilmente fica influenciado pelos outros e as coisas parecem difíceis. Com humildade você sabe internamente que sua meta será alcançada, independente do que os outros dizem ou pensam. Uma pessoa humilde nunca sente que tem de se curvar aos outros. A cabeça não fica lá em cima nem lá em baixo, simplesmente segue em frente, como um anjo. Humildade revela a sua verdade.

domingo, 25 de abril de 2010

...

"Houve uma época em nossas vidas em que estávamos tão próximos que nada parecia obstruir nossa amizade e fraternidade e apenas uma pequena ponte nos separava. Quando você ia subir na ponte, eu lhe perguntei: "Você quer atravessar a ponte até mim?" Imediatamente, você deixou de querê-lo e quando repeti a pergunta, você ficou silente. Desde então, montanhas, rios torrenciais e o que quer que separe e aliene interpuseram-se entre nós e, mesmo que quiséssemos nos reunir, não conseguiríamos. Agora, ao pensar no pontilhão, você perde as palavras, e soluça e se maravilha."

(Quando Nietzsche Chorou por Irvin D. Yalom)

Percepção


Percebo o quão bom é, estar perto das pessoas que nos fazem bem.Dar risadas,enxugar lágrimas,e jogar muitas conversas ao vento.Sentir um pouco do outro,mesmo que este não consiga demonstrar nenhum tipo de afeto do tamanho do seu, ou do tamanho que você espera, mas que consegue dizer muita coisa com um olhar,um abraço ou com um simples sorriso.
Temos uma tendência de nos deixar influenciar pela atmosfera e humor dos outros.Se o ambiente é bom nos sentimos super bem.Se a companhia é ruim, perdemos o brilho.
Mas pense numa rosa fragrante. Será que ela deixa de ser fragrante a depender do local em que está? Não, absolutamente.Uma rosa fragrante é sempre fragrante.
Esta é a natureza dela. Da mesma forma, não importa onde nem com quem você esteja,
nunca deixe de expressar sua virtude.Virtude é a fragrância da alma.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Baiano Graças a Deus, Sim senhor!!

É fato: somos o que o que somos e não importa o quanto se filosofe sobre o assunto ou quais teorias sejam escritas sobre nós nas bolachas de chope do Leblon (ou com a flexibilidade dos espaguetes das cantinas do Bixiga), o baiano vai ter seu jeito próprio e inconfundível de ser até morrer atrás do trio, com a lata de cerveja na mão, vibrando nos acordes de elétricas guitarras.
Mas, como a Bahia não vai morrer nunca, a passagem desse bastão de lata, dessa malemolência, desse sabor de tarde amortecida, dentro da casa grande e da senzala, graças a Deus – para o seu desgosto ou confusão, caro estrangeiro – não vai findar. É nossa marca, nosso orgulho nacional. Nacional, sim senhor! É isso mesmo que você ouviu (ou leu) pois a Bahia nada mais, nada menos é do que um país de tantas facetas e lados, que os imprudentes teimam em chamar de estado.
Estado… Pois sim! A Bahia é universal e disso só não sabe quem nada perguntou a Edil Pacheco.
Portanto, recomendo: Para melhor compreender o que somos e podemos, desconfio que a solução talvez não esteja em mudar o jeito baiano de ser, mas em forçar um giro de 180º na forma que as pessoas veem como o baiano é.
Pra começar, o cara que não entende a Bahia é porque, quando ele vinha, a gente ia. E aqui é um lugar tão especial que você já começa a chegar a Salvador na hora em que compra a passagem.
A seguir, listo algumas modestas contribuições que podem ajudar aquele que é de fora a compreender como somos aqui dentro.
Primeiro. Ser baiano não é só uma questão de geografia. Alguém pode ter nascido, agora, tranquilamente, em Copenhague. Se quando ele chorar você escutar uns atabaques, é porque nasceu mais um baiano de verdade.
Outra lenda que o bom senso manda jogar por terra é essa de que – mesmo com a nossa história plena de realizações em todos os campos da produtividade, desde o braçal até o intelectual – não trabalhamos. Trabalhamos sim, e muito! E trabalhar além do que já fazemos seria mais redundante do que tentar pôr trança em rastafari.
Está certo, tenho de admitir, se trabalho fosse bom, Caymmi teria nascido em São Paulo, mas essa constatação não nos torna eternos bronzeados, deitados numa rede, tomando água de coco. Quem é de fora precisa, definitivamente, compreender uma coisa sobre nós:
Acredite, na maior parte do tempo o baiano trabalha muito. No tempo que sobra, já que ninguém é perfeito, ele se dedica, com afinco, em pensar como resolver, urgentemente, esse problema.
E, se você quer saber a razão de tanta festa, a Bahia só faz festa o ano inteiro porque ficou combinado que trabalhar seria atribuição dos outros. Só que ela, dentro de sua nobreza, não cumpre isso; e até mesmo festejar, meu nego, dá um trabalhão danado. Experimente e você vai saber do que falo.
Outro fator que contribui pra essa festança é que a baianidade será sempre uma linha traçada sobre a distância mais curta entre o cérebro e a cintura. E se isso, algumas vezes, pode ser o nosso abismo, também é a nossa salvação, aquilo que nos difere de outros povos da Terra Brasilis. E é em cima dessa linha esticada que a representa (e que já é ela mesma) que a baianidade se equilibra. Mais coerente impossível.
De uns tempos pra cá, ranzinza como sou, tenho reclamado que, musicalmente, na Bahia, sabe-se lá por qual capricho da estrutura, parece que a maioria dos cérebros desceu para cintura. Mas essa é uma via de mão dupla onde cada chacra, seja o de baixo ou o de cima, nunca perde por esperar. Não em Salvador, terra em que a cortina sobe e desce o tempo inteiro para mais um espetáculo da excelência do improviso.
Mas temos também nossos pontos negativos, não vou tapar o Farol com a frigideira. Só que, até isso, como aquela melequinha de Gisele Bündchen flagrada na revista de famosos, faz parte do Belo de nossa grandeza. Nada há sem o lado B, nem você.

Daí que convém ficar atento a algumas recomendações:

1. Quando se chega antes a um encontro, na Bahia, duas coisas há que se ter sempre em mente: esqueça o relógio e sente. Baiano que é baiano marca um encontro pra hoje, mas só chega para o ano. Somos o rei do estamos indo e faz parte de nosso sangue não admitir isso. Mas, quer saber? Pra você ter uma idéia, se tivesse sido criada na Bahia a expressão per saecula saeculorum seria grafada como é pra já. Só que vocês não vão entender nunca, já que existem coisas por aqui mais importantes do que a pontualidade – e chegar atrasado é uma delas. Como sublinhou Risério, não dá pra largar a conversa só pra cumprir o relógio. E o baiano só não é pontual porque tem, aí sim!, preguiça de fazer frente à concorrência de Londres.
2. Tampouco estranhe muito esse costume “detestável” que o baiano tem de fazer xixi nas ruas, pois, de certa maneira, não deixa de estar coerente com as políticas, aqui, implementadas – de Educação, inclusive. Daí que, a cada logradouro que é pavimentado em Salvador, a Saúde agradece ao Erário a melhoria das condições de seus públicos sanitários. É só outra forma do governo exercer o saneamento. Entre um pipi e outro, pense nisso e vá relevando.
3. Onde come um come um exército. Na Bahia, esse é o credo. Portanto, fique atento. Aqui, quando você convida, seu único convidado se acha no direito de levar junto um regimento bem maior do que a comida. Não pode dar conta de um batalhão? Então não convide nem unzinho, sequer, para o feijão.
4. Outra coisa: eu posso falar mal de Salvador, mas você não. Faz favor!!!!
Por fim, Se você não é universal, não queira entender a Bahia porque vai se dar mal. E lembre-se: baiano, que tem tanto carisma que já nasce com empresário, só filosofa sentado porque o copo fica melhor acomodado.
E como sou seu brother deixo-lhe um valioso adendo:
Não basta descobrir o que a baiana tem. Você tem que ter também.

Créditos: http://jeitobaiano.wordpress.com

Na minha parede...


Essa semana um ser inesperado apareceu na minha parede.Fiquei horas olhando para ela, simplesmente hipnotizada.

domingo, 4 de abril de 2010

Olá criaturas..a Deise atende agora nesse endereço
http://freebunda.wordpress.com/

Tô sendo redatora desse blog..junto com uns amigos!!
Portanto..passe por lá,e deixe seu recado!

Um bjo!